Estágio Psi
O HMINSN oferece atenção humanizada à mulher, ao recém-nascido e a família por meio de equipe multiprofissional.
MISSÃO
"Desenvolver ações de atenção integral à saúde da comunidade, em especial da mulher e do
Neonato, em nível ambulatorial e hospitalar, com Equidade. Qualidade e Resolutividade".
VISÃO
"Ser um hospital que ofereça um atendimento de excelência à comunidade, em especial a mulher e ao recém-nascido, respeitando os princípios do Sistema Único de Saúde".
MISSÃO
"Desenvolver ações de atenção integral à saúde da comunidade, em especial da mulher e do
Neonato, em nível ambulatorial e hospitalar, com Equidade. Qualidade e Resolutividade".
VISÃO
"Ser um hospital que ofereça um atendimento de excelência à comunidade, em especial a mulher e ao recém-nascido, respeitando os princípios do Sistema Único de Saúde".
Estágio segundo semestre de 2019
Ministério da Saúde – MS
Governo
do Estado de Roraima
Secretaria
de Saúde do Estado de Roraima - SESAU
Hospital
Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth – HMINSN
Coordenação
de Terapia e Suporte
Vista – Roraima - 2019
POP-PSI
Procedimento
Operacional Padrão – Psicologia (rascunho)
Boa
Vista – Roraima
AGOSTO/2019
“(...)
as pessoas não são iguais e reagem diferentemente aos eventos
vividos”
(BRASIL,
2010, p.29 – Política Nacional de Humanização da Atenção e
Gestão do SUS.)
1
INTRODUÇÃO
Foi
apresentado à equipe de psicologia, o desafio de descrever, com
clareza e objetividade, aos nossos pares – equipe e instituição –
os objetivos de nosso trabalho, refletidos na definição das nossas
rotinas de atendimento. Esse desafio não é novo, Giannotti (1996)
alerta para o fato de que, [...] estamos diante de um importante
paradoxo: a expectativa que o corpo médico tem do trabalho do
psicólogo é diferente da expectativa que o psicólogo tem de sua
tarefa junto à instituição médica [...]. Doravante à essa
dificuldade, é importante
(aceitamos, de bom grado), a tarefa de elaborar um manual de
Procedimentos Operacionais Padrão (POP) que certamente auxiliará na
diminuição desse paradoxo e na redução da distância existente
entre suposição, teoria e prática. Para tanto, esse
manual foi dividido em 2 (duas) partes, a geral, que discorre sobre
aspectos éticos, institucionais e legislativos e a específica, que
mergulha na descrição operacional objetiva do corpo de psicólogos
nos diferentes setores desta maternidade.
Sabe-se
que o Procedimento Operacional Padrão (POP) é uma descrição
detalhada de todas as operações necessárias para a realização de
uma atividade, ou seja, é um roteiro padronizado para realizar uma
atividade. Para tanto, tem o objetivo de padronizar as ações
ofertadas pelo serviço de saúde, minimizando a ocorrência de
variações indesejáveis destas ações, causadas pela falta de
habilidade ou de conhecimento do profissional, propiciando a melhoria
na qualidade da assistência prestada nos diversos setores da saúde.
Para tanto, é fundamental considerar a atuação psicológica
enquanto um processo em construção, incentivando o exercício
criativo, democrático e participativo, a partir de metodologias
pautadas em referencias técnico-científicos que respeitem as
diferenças e complexidades de sujeitos e contextos.
Ao
discorrer sobre a atuação dos(as) psicólogos(as) na maternidade,
também pretende-se promover a reflexão acerca da amplitude e
complexidade que se impõe a prática profissional nesse contexto.
Implica também na viabilização de espaços de debates e
construções contínuas de consensos a serem estabelecidos no fazer
técnico. Nesse processo é normal que surjam questionamentos e
consensos, através da promoção da reflexão crítica dos
profissionais. Nesse sentido, cabe ressaltar que o momento não
aponta apenas para a inserção da Psicologia no sistema público de
saúde, mas para a necessidade de reflexão sobre a quem a psicologia
tem servido em sua prática profissional.
Portanto,
nesse documento destacam-se aspectos significativos do processo de
construção, mas não com objetivo de descrever a metodologia a ser
seguida indistintamente, e sim reafirmar princípios éticos e
políticos norteadores do fazer. É fundamental que gestores e
técnicos, a partir de cuidadosa análise de contexto, definam
responsabilidades na execução, considerando que a Saúde Pública
não se encerra em si e nem deve ser a única das políticas a dar
resposta às demandas humanas que se apresentam na atualidade.
Esta
primeira versão servirá de ponto de referência e apoio para as
novas versões e atualizações, necessitando da participação ativa
de todos os profissionais envolvidos.
1.1
Finalidade:
O
POP
Tem
como finalidade padronizar e minimizar a ocorrência de desvios na
execução de tarefas fundamentais, independente de quem as faça,
auxiliando na organização, agilidade e presteza do serviço. Ou
seja, um POP coerente garante ao usuário da saúde que a qualquer
momento que ele se dirija ao serviço, as ações tomadas para
garantir a qualidade sejam as mesmas, de um turno para outro, de um
dia para outro. Neste sentido, aumenta-se a previsibilidade de seus
resultados, minimizando as variações causadas por imperícia,
imprudência ou negligência e adaptações aleatórias do psicólogo.
1.2
Publico Alvo: O
POP descreve, delimita e regulamenta o atendimento psicológico
direcionado aos seguintes sujeitos no HMI:
-
Pacientes em internação, familiares e acompanhantes;
-
Pacientes em atendimento de urgência-emergência, familiares e
acompanhantes;
-
Mães, familiares e acompanhantes cujos bebês estão em internação;
-
Funcionários da maternidade.
Desta
forma, a Psicologia atua nos diversos setores da Maternidade (Pronto
Socorro; Enfermarias de Alojamento Conjunto; Alojamento à Gestantes
de Alto Risco, Pré-parto, Recuperação Pós-anestésica e UTI
Neonatal), Ambulatório, Programas (Mãe-Canguru e Grupo
Interdisciplinar de Apoio aos Pais de Bebês da UTI Neonatal) e
Treinamentos em Aleitamento Materno, Mãe Canguru e Humanização.
2
OBJETIVO GERAL
De
acordo com o Conselho Federal de Psicologia, o serviço
de Psicologia Hospitalar, tem por objetivo principal o atendimento da
díade paciente-família, buscando amenizar e/ou facilitar a vivência
do paciente no período crítico de doença e de
hospitalização. Percebe-se, portanto, a necessidade de minimizar o
impacto que o diagnóstico/prognóstico e o tratamento ocasionam
sobre o psiquismo dos pacientes da Unidade. Desta maneira,
complementa-se o objetivo de atendimento global, a partir de uma
postura humanista e holística de saúde, tornando-se efetiva a
assistência ao indivíduo usuário dos serviços de saúde.
3
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
De
acordo com a definição do Conselho Federal de Psicologia (CFP,
2003a), o psicólogo que trabalha em ambiente hospitalar tem como
objetivo geral realizar atividades como: atendimento
psicoterapêutico; grupos psicoterapêuticos e psicoprofilaxia. Vale
lembrar que a atuação do psicólogo não abrange somente a
hospitalização em si, no que tange a patologia, mas, sobretudo, as
sequelas e consequências emocionais decorrentes do adoecimento.
Nessa perspectiva o psicólogo deve atuar de modo preventivo,
evitando o agravamento do problema.
4
PRÁTICAS GERAIS
De
acordo com Nina (citado por Silveira, s.d) há na psicodinâmica da
gestação três modificações psíquicas que parecem dominar:
Crise
de identidade: ocorrida devido a uma passagem do papel de filha
para o papel de mãe e ainda se dá devido às alterações corpóreas
que distorcem a imagem corporal da gestante;
Regressão:
mecanismo de defesa que surge, nesse período, isso acontece, pois a
mulher se sente mais frágil e necessitada de maior atenção de
todos que a cercam, que é desencadeado pela crise, normal, que se
entende ser a gravidez;
Ambivalência:
Em grande parte dos casos podemos verificar sentimentos opostos em
relação à gestação, ao feto e a todas as mudanças com ele
advindas.
Diante
destas e outras alterações psiquicas cabe ao psiólogo identificar
e avaliar pacientes com distúrbios emocionais em evidência (crise)
qeu prejudicam as relações
intra e interpessoais e então promover intervenções focais que
possam oferecer aos usuários subsídios emocionais que os
possibilite buscar uma vivência mais adaptada à realidade. Através
da compreensão de como a paciente, com sua personalidade e
experiência de vida, está reagindo à crise, realiza se o
acolhimento e fornece-se suporte ao sujeito em adoecimento, a fim de
que este possa atravessar essa fase com maior resiliência
minimizando seu sofrimento psíquico.
Cabe
à coordenação promover ambiente favorável para que esse conjunto
de práticas e posturas sejam compartilhadas por toda a equipe de
psicólogos da maternidade, em conformidade com os princípios gerais
de ética e prática em sintonia com as diretrizes e recomendações
do Conselho Federal de Psicologia e com as Portarias do SUS.
Com
relação ao paciente, o Serviço de Psicologia Hospitalar oferece:
a)
Acolhimento,
Avaliação
Psicológica e Acompanhamento Psicológico com
escuta qualificada e empática entre outras condutas;
b)
Orientação Psicológica (temporal, alopsíquica e autopsíquica);
c)
Preparo para Condutas e/ou Procedimentos clinicos;
d)
Preparo Psicológico Pré-Cirúrgico;
e)
Acompanhamento Psicológico Pós-Cirúrgico;
f)
Preparo Psicológico para Alta Hospitalar.
Os
atendimentos do Serviço de Psicologia Hospitalar se estendem tanto
aos casos clínicos como aos casos cirúrgicos. Desta forma, os
atendimentos ocorrem nas seguintes situações:
a)
A pedido da equipe de saúde;
b)
Por triagem de prontuário;
c)
A pedido do paciente e/ou familiares.
d)
A pedido de servidores da instituição.
Com
relação à família, o Serviço de Psicologia Hospitalar oferece:
a)
Atendimento Psicológico aos Familiares, orientando sobre as
condições necessárias ao restabelecimento bio-psico-sócio-cultural
do paciente;
b)
Orientação e Acompanhamento Psicológico às Famílias de Pacientes
em caso de óbito;
c)
Preparo do Pai para Acompanhamento do Parto.
5
ATUAÇÃO PROFISSIONAL
5.1
Acolhimento:
É o contato inicial com a pessoa e/ou família que será atendida e
inserida no acompanhamento. Momento de estabelecimento de vínculos,
exige do profissional escuta sensível das demandas. É o momento
também de apresentar o serviço e fornecer informações sobre o que
é ofertado, esclarecendo possíveis dúvidas. Deve possibilitar a
aproximação do usuário com o serviço.
5.2
Atendimento breve focal: É
a técnica de atender o paciente concentrando-se os esforços em
manter o foco no problema gerador do sofrimento, enfatizando-se a
eficácia dentro de um limite de tempo reduzido. Na maternidade não
existe a garantia de que o paciente atendido estará presente no dia
seguinte, o que faz com que o trabalho a cada consulta tenha um
início, meio e fim. Sem contar que, quando se preconiza que o
paciente fique livre para falar sobre o que quiser, está se
priorizando a queixa principal dele e não a do diagnóstico médico
ou da equipe.
5.3
Urgências psicológicas: Os(as)
psicólogos(as) realizam atendimento dos(as) usuários(as) que se
adentram a maternidade em situações de urgência.
Nota:
São exemplos deste tipo de atuação os seguintes relatos: Violência
sexual e violência doméstica.
5.4
Intervenção em crise:
atendimento
a usuário ou funcionário que esteja em colapso emocional intenso ou
transtorno psíquico agudo.
5.5
Atendimento em grupo: o
profissional pode atuar na coordenação de grupos afins. Ele pode
realizar tais atividades sozinho, em dupla ou com outros
profissionais da unidade.
5.6
Triagens, orientações, avaliação e acompanhamento: O(a)
profissional da Psicologia realiza o processo de triagem de casos de
demanda espontânea e de encaminhamentos da rede de serviços. São
também desenvolvidas orientações diversas aos(às) usuários(as)
e/ou familiares e aos(às) componentes da equipe na qual trabalham.
5.7
Relatórios, pareceres, laudos e prontuários:
Elaboração de relatórios, laudos e pareceres psicológicos, bem
como o registro dos casos nos prontuários.
5.8
Trabalhar em equipe multiprofissional: O
trabalho em equipe multiprofissional e interdisciplinar faz parte dos
objetivos e da organização do trabalho na Maternidade. Em equipe
cabe o planejamento, a realização e o acompanhamento/seguimento de
muitas ações neste contexto. Também são realizadas ações com
os(as) profissionais da área de assistência social, conselhos
tutelares, judiciário, bem como estagiários(as) de faculdades ou
cursos de extensão que desenvolvem atividades na maternidade.
Nota
1:
Melhor seria que o psicólogo não assumisse a função de
intercâmbio equipe-paciente, tal como dar diagnóstico ao paciente,
pois, se existem dificuldades de comunicação, existe
indisponibilidade de algum dos lados. Ao assumir esta tarefa, estará
passando por cima da possibilidade de trabalhar os verdadeiros
motivos que impedem a equipe ou o paciente de falar sobre esta
dificuldade, normalmente ligada à angústia de ambos.
Nota
2:
De acordo com a ética profissional nenhum profissional de saúde
pode impor o seu trabalho. O paciente pode ou não aceitar
determinado atendimento. É verdade que, na maioria das vezes, o
pedido vem da equipe e não do paciente; considerar que uma pessoa
possa ser atendida pelo psicólogo sem que esta o queira, parece
impossível. O psicólogo oferece o trabalho, tem a função de ouvir
e, a partir do diagnóstico e da fala do paciente, e situa a demanda,
se houver.
5.9
Ministrar cursos, palestras, conferências e workshops:
O psicólogo, dentro de suas qualificações e atribuições, pode
ministrar cursos, palestras e conferências e realizar workshops com
vistas à humanização em saúde e para a melhoria da qualidade de
vida do usuário e dos profissionais da maternidade ou qualquer outro
tema relacionado à saúde psicológica.
6
ATUAÇÃO ESPECÍFICA DO PSICÓLOGO NOS SETORES DA MATERNIDADE
Assim
como qualquer outra maternidade do mundo, o Hospital Materno Infantil
(HMI) de Boa Vista possui características únicas. São
particularidades e idiossincrasias que demandam atenção e atuação
personalizada da equipe psicológica diante das necessidades
específicas apresentadas em diversas alas da unidade.
6.1
Ala das pedras preciosas
UTI
e demais setores de atendimento neonatal
-
Acolhimento aos pais e familiares na Unidade neonatal;
-
Auxiliar no esclarecimento das condições de saúde do bebê, dos cuidados dispensados, das rotinas e horários de funcionamento, estimulando o livre e precoce acesso dos pais a UTI;
-
Estimular o Método Canguru junto à equipe multidisciplinar, pais/responsáveis pela criança;
-
Oferecer suporte emocional aos pais frente ao impacto de internação do bebê;
-
Assegurar atuação dos pais e da família como modulares do bem estar do bebê;
-
Orientar sobre a importância dos cuidados maternos e paternos e sua presença com o RN para formação de laços afetivos;
-
Acompanhar e apoiar os pais no processo contínuo de formação de laços afetivos;
-
Estimular as mães quanto a importância da Ordenha no Banco de Leite no período de internação dos bebê;
-
Acompanhar, orientar e oferecer suporte emocional aos pais, familiares e equipe multiprofissional em situação de óbito, favorecendo dentro da UTI um espaço privado para o manuseio da família com o corpo do bebê (toque, colo, carinho) respeitando o tempo para elaboração de luto;
-
Dar suporte a equipe na superlotação da UTI e no excesso de crianças graves;
-
Facilitar o acesso de pessoas escolhidas pelos pais em situações de bebês sem bom prognóstico;
-
Realizar preparação psicológica prévia à visita da família nuclear aos bebês estáveis, quando necessário;
-
Realizar registros dos atendimentos psicológicos no prontuário.6.2 Ala das rosas
-
Mães com recém nascidos
-
Acolhimento aos familiares, acompanhantes e visitantes das pacientes internas;
-
Mediar conflitos na triangulação familiar x equipe x paciente;
-
Mediar conflitos entre paciente e família;
-
Orientações quanto aos procedimentos médico-hospitalares da unidade;
-
Oferecer suporte psicológico aos pacientes com dificuldade de adesão ao tratamento;
-
Estimular, junto à equipe multidisciplinar, quanto à importância de o paciente aderir ao tratamento;
-
Reforço do vínculo afetivo e fortalecimento dos laços familiares, quando necessário;
-
Suporte emocional e acompanhamento diante da perda do Bebê (óbito fetal e feto morto) trabalhando sentimento de culpa e elaboração do luto;
-
Realizar registros dos atendimentos psicológicos no prontuário.
6.3
Ala dos girassóis
-
Gravidez de alto risco
-
Fornecer suporte emocional diante dos conflitos gerados pelo risco gestacional e abortamento;
-
Acompanhar e atenuar pacientes em crises ansiosas, medos e angústias diante da hospitalização prolongada;
-
Acompanhamento psicológico pré e pós cirúrgico, conforme solicitação médica.
6.4
Ala das margaridas
-
Patologias gineco-obstétricas, processo de abortamento
-
Realizar suporte psicológico pré e pós cirúrgico, em casos de crises emocionais;
-
Realizar suporte psicológico pré e pós diagnóstico de doenças gineco-obstétricas, quando solicitado;
-
Fornecer suporte e acompanhamento psicológico à pacientes diagnosticadas com câncer;
-
Realizar suporte e acompanhamento psicológico diante do abortamento;
-
Fornecer suporte psicológico aos familiares dos pacientes internados, quando necessário;
-
Realizar registros dos atendimentos psicológicos no prontuário.
6.5
Ala das violetas
Centro
cirúrgico
-
Atendimento psicológico de pacientes em crise emocional no pré operatório, quando solicitado;
-
Acompanhamento de pacientes no pós cirúrgico, conforme solicitação médica;
-
Dar suporte emocional aos acompanhantes e familiares, quando solicitado;
-
Realizar registros dos atendimentos psicológicos no prontuário.
OBSERVAÇÃO:
O psicólogo deverá seguir as normas de paramentação do centro
cirúrgico durante os atendimentos nesse ambiente.
6.6
Ala das orquídeas
Pré
e pós parto
-
Preparo psicológico para condutas e/ou procedimentos, quando solicitado;
-
Preparo Psicológico pré parto, quando solicitado;
-
Suporte e acompanhamento psicológico no pós parto, quando solicitado;
-
Dar suporte emocional aos acompanhantes e familiares de pacientes que estão no pré parto, quando necessário;
-
Ser agente mediador de conflitos entre equipe x paciente x família;
-
Realizar registros dos atendimentos psicológicos no prontuário.
6.6
Casa da Gestante
Acomodação
de pacientes que receberam alta, mas ainda estão com bebês na UTI
ou paciente
-
Preparo psicológico para condutas e/ou procedimentos,
7
ASSISTÊNCIA EM SITUAÇÃO DE LUTO
-
Após a notícia do óbito ter sido dada pelo médico, o psicólogo, quando solicitado, desempenha as seguintes funções:
-
Acolhe pacientes, familiares ou responsáveis;
-
Fornece apoio emocional e oferece acompanhamento psicológico;
-
Oferece suporte emocional ao acompanhante e/ou familiares do paciente.
8
ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO NOS ATENDIMENTOS ÀS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA
Em
parceria com a Secretaria de Segurança Pública do Estado de
Roraima, a Secretaria de Saúde elegeu o HMI como centro de
referência para o atendimento de pessoas vítimas de violência e
abuso sexuais e violência contra a mulher.
Enquanto
não se define nesta instituição protocolo multiprofissional
padronizado das rotinas do atendimento a essas vítimas, a atuação
do psicólogo pode ser assim delineado:
-
Fornecer acolhimento;
-
Avaliar o estado emocional da vítima e oferecer suporte psicológico;
-
Estimular a adesão à rotina de exames e medicação profilática;
-
Auxiliar a vítima a se organizar psiquicamente e apoiá-la emocionalmente para o boletim de ocorrência;
-
Avaliar a dinâmica psicossocial e interpessoal da vítima, e relatar sobre a importância do apoio familiar, social e religioso;
-
Identificar possíveis quadros psicopatológicos e se necessário, encaminhar para avaliação psiquiátrica;
-
Encaminhar a vítima para acompanhamento psicológico na Rede de assistência à violência (Ex.: CREAS-SEV);
-
Emitir parecer ou relatório psicológico, quando solicitado;
-
Compartilhar somente informações relevantes para qualificar o serviço prestado com outros profissionais envolvidos no atendimento, contribuindo para não revitimizar a vítima.
OBSERVAÇÃO:
Caso a vítima já tenha sido atendida em outra unidade por
psicólogo, disponibilizar apoio e suporte emocional e realizar o
devido encaminhamento.
9
ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO NOS ATENDIMENTOS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
O
Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth realiza o
Acolhimento com Classificação de Risco como critério de avaliação
de prioridade no atendimento aos seus usuários. Quando no
acolhimento for identificada a necessidade de atuação do psicólogo,
este deverá atentar-se para as seguintes práticas:
-
Oferecer suporte ao paciente em casos de surto psicótico ou neurótico;
-
Auxiliar na identificação e natureza do surto;
-
Quando necessário, realizar encaminhamento psiquiátrico de urgência ao Pronto Socorro do Hospital Geral de Roraima (HGR);
Oferecer
suporte emocional aos familiares dos pacientes em situações de
emergência, quando necessário ou quando solicitado pela equipe
multidisciplinar.
Nota:
O
Ministério da Saúde define Classificação de risco como: “(...)
ferramenta que, além de organizar a fila de espera e propor outra
ordem de atendimento que não a ordem de chegada, (... )[visa]
garantir o atendimento imediato do usuário com grau de risco
elevado; informar o paciente que não corre risco imediato, assim
como a seus familiares, sobre o tempo provável de espera; promover o
trabalho em equipe por meio da avaliação contínua do processo; dar
melhores condições de trabalho para os profissionais pela
discussão da ambiência e implantação do cuidado horizontalizado;
aumentar a satisfação dos usuários e, principalmente, possibilitar
e instigar a pactuação e a construção de redes internas e
externas de atendimento” (BRASIL,
2009, p. 25).
10
ATENDIMENTO AO SERVIDOR DO HMI-NSN
Realizar
atendimento psicológico individual aos servidores que busquem de
maneira espontânea o Serviço de Psicologia da unidade.
Disponibilizar escuta qualificada, oferecer suporte emocional e se
necessário ao momento, orientar o servidor a procurar acompanhamento
psicoterápico e/ou realizar o devido encaminhamento para a rede
ambulatorial de assistência à Saúde.
11
POSTURA PROFISSIONAL DURANTE O ACOLHIMENTO E O ATENDIMENTO
Além
de influenciadores de comportamento e formadores de opinião, o
psicólogo é envolvido por uma mítica que o coloca em posição de
evidência no ambiente onde atua, por isso, ele deve estar
particularmente atento à imagem que possa estar passando aos outros.
Assim, norteado pela moral e pela ética e seguindo princípios da
boa convivência, o psicólogo deve observar e controlar os fatores
objetivos e subjetivos do seu próprio comportamento em suas relações
interpessoais. Portanto, é extremamente desejável ao profissional:
-
Manter-se em postura receptiva e acolhedora;
-
Ser cordial, respeitoso e gentil;
-
Manter contato visual efetivo para o usuário;
-
Saudá-lo (bom dia, boa tarde, boa noite ou, pois não? Em que posso ajudá-lo?);
-
Perguntar à paciente o seu nome e anotar para não esquecer;
-
Despedir-se (até logo, etc.);
-
Ouvir atentamente antes de falar;
-
Usar tom de voz baixo, porém audível;
-
Manter a equidade no atendimento;
-
Estar prontamente disponível nas situações de urgências;
-
Estar atento ao seu atendimento e à pessoa que está atendendo;
-
Manter-se calmo em situações conflituosas que surjam durante o seu atendimento, demonstrando paciência e não revidando as agressões;
-
Apresentar-se adequadamente trajado;
-
Estar higienizado;
-
Aparência agradável (maquiagem e acessórios discretos, cabelos organizados, barba feita e/ou aparada).
12
REGIME DE PLANTÃO
Entende-se
por regime de plantão toda e qualquer situação onde apenas uma
pequena parte da equipe de psicologia (um ou dois psicólogos), por
motivos ordinários ou extraordinários, fica responsável pelo
atendimento em toda unidade da maternidade.
12.1
Plantões diurnos
-
Finais de semana, recessos e feriados:
-
Nos postos de enfermagem, identificar-se profissionalmente, verificar se há alguma necessidade atual de atendimento e colocar se disponível à futuras necessidades.
-
Permanecer na sala, preparado para atender às solicitações de atendimento;
-
No intervalo em que se ausentar da sala para efetuar atendimento nas alas: Tirar o telefone do gancho e colocar aviso na porta (o aviso deve sinalizar sua presença na unidade e informar seu telefone de contato). Ao retornar à sala, remover aviso e recolocar o telefone no gancho;
-
Caso haja necessidade de se ausentar temporariamente da unidade, informar profissional adequado.
12.2
Plantões noturnos
Período
compreendido entre as 19h às 7h:
Além
do preconizado no item 14.1, o profissional deve:
Por
motivos de segurança, manter a porta trancada enquanto estiver no
repouso.
13
LANÇAMENTOS, ANOTAÇÕES E SOLICITAÇÃO
13.1
Lançamentos em Prontuários: Nos
prontuários estarão registradas as informações de cada
indivíduo/família contendo especificidades de cada caso. Devem ser
registrados todos os procedimentos adotados, identificando,
basicamente:
A
demanda: Sinais e/ou sintomas observados;
O
que foi efetuado: Psicoterapia breve, apoio emocional, suporte em
situação de luto, orientação cognitiva, etc);
O
resultado: Reação do usuário diante da intervenção psicológica;
Deve
considerar as intervenções e metodologias adotadas, os resultados
alcançados e a maneira de lidar com as experiências de cada
individuo e/ou família.
13.2
Relatório Técnico:
Deve conter informações sobre as ações desenvolvidas no
atendimento aos indivíduos e/ou famílias acompanhadas pela equipe
na maternidade. Através do relatório deve ser possível observar o
processo do atendimento e acompanhamento da paciente ao longo do
tempo, trazendo informações relevantes para compreensão do caso em
tela.
Nota:
é preciso observar o disposto na Resolução do CFP nº 07 de 2003,
que dispõem sobre a produção de documentos. Segundo a referida
Resolução, os relatórios devem conter uma redação bem
estruturada e apropriada ao que se destina. Nele as afirmações
devem apresentar sustentação em seu corpo, com análise do que é
apresentado e uma conclusão decorrente do que foi desenvolvido no
atendimento e acompanhamento. O relatório deve considerar e analisar
os condicionantes históricos e sociais e seus efeitos na
constituição dos sujeitos, trazendo para reflexão os aspectos
subjetivos que se implicam na relação indivíduo e seu contexto
psicossocial e que por vezes constituem dinâmica de relações.
Na
elaboração de documentos a(o) psicóloga(o) deve também observar
os princípios e dispositivos do Código de Ética Profissional do
Psicólogo. Observa-se ainda, que tais relatórios não devem se
confundir com a elaboração de “laudos periciais”, relatórios
ou outros documentos com finalidade investigativa que constituem
atribuição das equipes interprofissionais dos órgãos do sistema
de defesa e responsabilização.
13.3
Passagem de plantão:
Consiste na anotação, em livro próprio, de casos que demandem
maior atenção ou pacientes que necessitem de continuidade no
acompanhamento.
A
anotação deve conter localização, descrição e identificação.
Localização:
Data, hora, nome, idade, enfermaria e leito do paciente.
Descrição:
Sucinto relato do problema e do que foi realizado.
Identificação:
Nome legível e/ou carimbo do profissional e sua rubrica.
Esse
livro, por conter informações sigilosas, deve ser resguardado e ter
acesso único e exclusivo da equipe de psicólogos do HMI, salvo em
situações definidas em lei e pelo código de ética profissional.
Nota
1:
Em caso de necessidade de continuidade, marcar com asterisco (*) na
frente do nome do paciente para facilitar a visualização.
Nota
2:
O profissional que deu continuidade ao atendimento marcado com (*)
deve informar a realização do acompanhamento dando “Ok” e
rubricando logo abaixo da solicitação.
13.4
Livro Ata: Livro
próprio onde a equipe psicológica lança anotações referentes a
reuniões, decisões, deliberações ou qualquer outro tipo de
informação relevante à organização e execução do serviço.
Deve ser preenchido pelo(s) redator(es) em linguagem coerente,
sucinta e precisa em letra legível. A ata deve ser assinada pelos
profissionais que participaram da reunião.
13.5
Folha de produção:
Deve estar devidamente preenchida e entregue no último dia funcional
do(a) psicólogo(a) em cada mês.
13.6
Folha de atrasos:
Deve ser devidamente preenchida e entregue à coordenação toda vez
que ocorrer atraso na entrada ou saída do expediente.
13.7
Folha de mudança de plantão:
Deve ser devidamente preenchida e entregue á coordenação toda vez
que forem feitas trocas de plantão.
13.8
Solicitações de conserto:
Se o psicólogo detectar falha ou avaria no sistema elétrico,
hidráulico, pintura, forro, janela, porta, ar condicionado,
computador ou qualquer outro equipamento da maternidade usado pela
psicologia, deverá solicitar, o mais rápido possível, reparo do
mesmo.
A
solicitação do reparo deverá ser feita ao setor de manutenção da
maternidade, através do preenchimento da guia de solicitação de
conserto. Essa guia deve ser preenchida em três vias, sendo que a
terceira deve ficar de posse da psicologia, devendo ser devolvida
apenas ao término do conserto.
14
REUNIÕES DA EQUIPE
14.1
Reuniões multidisciplinares: Tem
como objetivo debater e problematizar o trabalho articulado e
integrado, avaliar e definir caminhos possíveis para seu
desenvolvimento. Traz para reflexão questões operacionais e
referentes às relações e articulações da equipe
multidisciplinar. Não haverá tomada de decisão, até que todos os
psicólogos da maternidade sejam devidamente informados e deliberem,
democraticamente, sobre o assunto.
14.2
Reuniões da equipe psicológica com a gestão:
Momento em que a equipe, junto à gestão (coordenação e/ou
direção) pode avaliar e discutir as atividades desenvolvidas,
possibilitando rever o planejamento, as metas, as condições de
trabalho ou qualquer outro assunto organizacional. Não haverá
tomada de decisão, até que todos os psicólogos da maternidade
sejam devidamente informados e deliberem, democraticamente, sobre o
assunto.
14.3
Reunião da equipe psicológica para discussão de caso:
Espaço para realizar estudo e análise dos casos em acompanhamento
no serviço. O objetivo é ampliar a compreensão de indivíduos e
famílias em suas relações, particularidades e especificidades, na
busca de estratégias e metodologias de intervenção para aprimorar
a qualidade dos resultados.
14.4
Demais reuniões: Caso
haja necessidade, a equipe poderá se reunir para deliberar sobre
suas condições de trabalho, sobre as condições de atendimento aos
usuários da maternidade ou sobre quaisquer assuntos relevantes ao
interesse e benefício de sua classe profissional. Não haverá
tomada definitiva de decisão, até que todos os psicólogos em
atividade na maternidade sejam devidamente informados e deliberem,
democraticamente, sobre o assunto.
15
LOCAL DE ATENDIMENTO
O
atendimento psicológico pode ser realizado:
Em
sala própria, devidamente adaptada para a prática da psicologia;
No
leito da enfermaria onde a paciente está internada;
Nos
alojamentos das mães com bebês na unidade neonatal;
Em
caráter de excepcionalidade, o atendimento psicológico poderá ser
realizado nas demais dependências da maternidade, desde que o local
esteja em condições adequadas de higiene, segurança e privacidade.
15.1
A sala própria da psicologia: deve
apresentar as condições adequadas para abrigar com segurança,
privacidade e conforto, o corpo de psicólogos e os pacientes em
atendimento. Deve apresentar condições salutares e ergonômicas no
quesito de umidade, circulação e renovação de ar, luminosidade,
temperatura e ruído. Deve possuir mobiliário em bom estado de
conservação que permita a boa prática profissional e o
arquivamento de informações com sigilo e segurança.
15.2
O conforto da psicologia:
deve apresentar condições de segurança, privacidade, higiene,
ergonomia e conforto (sonoro, acústico, visual e respiratório) ao
profissional que está em regime de plantão noturno. Deve apresentar
instalações sanitárias próprias e em bom estado de funcionamento
e higienização. A cama, em bom estado de conservação, deve
possuir colchão cuja densidade ofereça ergonomia e conforto a todos
os funcionários do turno noturno.
16
ROTINA NA SALA DE PSICOLOGIA
Procedimentos
para maximizar o uso adequado da sala da psicologia, com ênfase aos
aspectos de manutenção e limpeza:
Solicitar
a limpeza diária da sala (remoção do lixo, varredura e limpeza do
chão, desinfecção de móveis e sanitários);
Manter
a sala limpa e livre de restos alimentares;
Ao
encontrar restos alimentares deixados na sala, dispensá-los
imediatamente na lixeira;
Se,
acidentalmente, algum objeto cair no chão, higienizá-lo com álcool
gel antes de recolocá-lo em seu lugar de origem.
Zelar
e manter a organização e a limpeza da sala;
Ligar
e checar o estado geral da sala e o funcionamento dos equipamentos
(micro computador, impressora, central de ar, telefone, outros),
informando e anotando eventuais defeitos e avarias e solicitando os
devidos reparos aos setores competentes;
Zelar
pela segurança: Manter os arquivos e armários trancados. Evitar a
permanência de pessoas estranhas desacompanhadas, trancar portas e
janelas ao deixar a sala;
Economia:
Apagar as luzes quando não forem úteis. Desligar o ar condicionado
quando necessário;
Ventilação:
Em cada turno manter a janela por alguns minutos até que ocorra a
devida renovação do ar.
17
HIERARQUIA
A
psicologia no HMI está ligada ao seguinte esquema hierárquico:
Ministério
da Saúde (MS);
Secretaria
Estadual de Saúde (SESAU);
Direção
da Maternidade;
Coordenação
de Terapia e Suporte.
18
ASPECTOS LEGAIS
A
constituição federal, o Ministério da Saúde (regulador do SUS), a
legislação estadual e o código de ética profissional formam o
arcabouço legal para a atuação profissional em estabelecimento
publico de saúde.
18.1
Princípios legais gerais: De
acordo com a Constituição Federal (artigo 37) e com os manuais do
SUS, os profissionais da saúde devem ser norteados pelos princípios
gerais de atuação profissional, entendendo que princípios são
normas suficientes para criar obrigações e determinar
comportamentos aos cidadãos, administrados, administradores e
servidores públicos.
18.2
Leis, decretos, resoluções e portarias que regulam a atividade
do(a) servidor(a) público(a) estadual e do(a) psicólogo(a)
hospitalar:
Lei
Estadual 053/01 que dispõe sobre o Regime Jurídico dos Servidores
Públicos Civis do Estado de Roraima.
Decreto
53.462/64 estabelece a psicologia como uma profissão ligada à área
da saúde.
Resolução
013/2007 do Conselho Federal de Psicologia onde estabelece que o
psicólogo hospitalar trabalha em atenção secundária e terciária.
Portaria
3477/1998: Ministério da Saúde. Regulamenta o atendimento
hospitalar na assistência à Gestante de Alto Risco.
Portaria
3.018/1998: Ministério da Saúde. Estabelece critérios para
atendimento hospitalar na assistência à Gestante de Alto Risco.
Portaria
2.413/1998: Ministério da Saúde. Estabelece requisitos para o
atendimento hospitalar de Pacientes Crônicos, portadores de
múltiplos agravos à saúde, convalescentes e/ou de cuidados
permanentes.
REFERÊNCIAS
BRASIL.
Acolhimento
e classificação de risco nos serviços de urgência.
Política nacional de Humanização da atenção e Gestão do SUS. –
Brasília : Ministério da saúde, 2009.
______.
Atenção
humanizada ao recém-nascido de baixo peso:
método mãe-canguru: manual do curso / Secretaria de Políticas de
Saúde. Área da Saúde da Criança. – 1.ª edição. – Brasília:
Ministério da Saúde, 2002.
______.
Ministério da Saúde, Ministério da Justiça, Secretaria de
Políticas para as Mulheres/PR.
Atenção humanizada às pessoas em situação de violência sexual
com registro de informações e coleta de vestígios: normas
técnicas. 1ª edição. Brasília, 2015.
Disponível
em http:
//www.spm.gov.br/central-de-conteudos/publicacoes/publicacoes/2015/
norma-tecnica-versaoweb.pdf
______.
Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde,
Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Atenção
às mulheres com gestação de anencéfalos : norma
técnica – Brasília, 2014. Disponível em
http://portalsaude.saude.gov.br/images/
pdf/2014/maio/13/anencefalianovo.pdf
______.
Clínica
ampliada e compartilhada.1ª
ed. Brasília - Ministério da Saúde, 2010.
CARVALHO,
Antonio Carlos Alencar. Manual
de processo administrativo disciplinar e sindicância:
à luz da jurisprudência dos tribunais e da casuística da
administração pública. Brasília: Fortium, 2008.
CLAIRE,
Terezinha Lazzaretti, et al. Manual
de psicologia hospitalar.
Curitiba, Unificado, 2007
Conselho
Federal de Psicologia.
Manual de elaboração de documentos, produzidos pelo psicólogo,
decorrentes de avaliações psicológicas.
Brasília, CFP, 2001
Conselho
Regional de Psicologia. Caderno
de orientação.
Conselho Regional de Psicologia - 8ª Região. Curitiba, 2009.
MACHADO,
Adriane Picchetto. Manual
de avaliação psicológica.
Curitiba: Unificado, 2007.
NOGUEIRA,
C. S. Prontuário
médico.
Disponível em:
http://www.unimes.br/aulas/MEDICINA/Aulas2005/1ano/Procedimentos_basicos_em_medicina/prontuario_medico.html>.
Acesso em 12/11/2013.
SILVEIRA,
M.C, Nascimentos de natimortos e as reações despertadas nos
profissionais de Clínicas Obstétricas, [s.d], Obtido em 02/11/2011
no endereço eletrônico: http://www.psicosyn.com/artigo3.htm.
WEIL,
Pierre. Manual
de psicologia aplicada.
Biblioteca de Estudos Sociais e Pedagógicos, 2a.
Edição, Itatiaia, Belo horizonte, 1967.
ANEXOS
I
– Definições de Termos (lista por ordem alfabética)
Administração
-
unidade destinada ao desenvolvimento das atividades administrativas
do estabelecimento de saúde.
Alojamento
conjunto -
modalidade de acomodação do recém-nascido normal em berço
contíguo ao leito da mãe.
Ambiente
-
espaço fisicamente determinado e especializado para o
desenvolvimento de determinada(s) atividade(s), caracterizado por
dimensões e instalações diferenciadas. Um ambiente pode se
constituir de uma sala ou de uma área.
Ambiente
de apoio -
sala ou área que dá suporte aos ambientes destinados às atividades
fins de uma unidade.
Ambulatório
-
unidade destinada à prestação de assistência em regime de não
internação.
Área
para assistência de RN -
ambiente destinado à execução dos primeiros cuidados do
recém-nascido e à sua identificação.
Atividade
-
cada uma das ações específicas, que no seu conjunto atendem ao
desenvolvimento de uma atribuição.
Atribuição
-
conjunto de atividades e sub-atividades específicas, que
correspondem a uma descrição sinóptica da organização técnica
do trabalho na assistência à saúde.
Barreira
(contra contaminação) -
bloqueio físico que deve existir nos locais de acesso a área onde
seja exigida assepsia e somente se permita a entrada de pessoas com
indumentária apropriada (paramentação).
Berçário
-
ambiente destinado a alojar recém-nascidos.
Berçário
de cuidados intermediários –
Ambiente hospitalar destinado à assistência ao recém-nascido
enfermo e/ou prematuro sem necessidade de cuidados intensivos e/ou
aqueles que receberam alta da unidade de terapia intensiva neonatal.
Berçário
de cuidados intensivos –
Ambiente hospitalar destinado à assistência aos recém nascidos que
requeiram assistência médica, de enfermagem, laboratorial e
radiológica ininterruptas.
Central
de material esterilizado (CME)
- unidade destinada à recepção, expurgo, limpeza, descontaminação,
preparo, esterilização, guarda e distribuição dos materiais
utilizados nas diversas unidades de um estabelecimento de saúde.
Pode se localizar dentro ou fora da edificação usuária dos
materiais.
Centro
cirúrgico -
unidade destinada ao desenvolvimento de atividades cirúrgicas, bem
como à recuperação pós-anestésica e pós-operatória imediata.
Centro
cirúrgico ambulatorial -
unidade destinada ao desenvolvimento de atividades cirúrgicas que
não demandam internação dos pacientes.
Centro
de parto normal -
unidade ou EAS que presta atendimento humanizado e de qualidade
exclusivamente ao parto normal sem distócias. Caso se configure em
um EAS isolado, extra-hospitalar, deve ter como referência um
hospital que seja alcançável em no máximo uma hora.
Centro
obstétrico -
unidade destinada a higienização da parturiente, trabalho de parto,
parto (normal ou cirúrgico) e os primeiros cuidados com os
recém-nascidos.
CTI
-
conjunto de UTI agrupadas num mesmo local.
Documentação
e informação -
unidade destinada à identificação, seleção, controle, guarda,
conservação e processamento das informações de todos os dados
clínicos e sociais de paciente ambulatorial ou internado. Compreende
o registro geral, o arquivo médico e estatística.
Emergência
-
ambiente e ações destinados à assistência de pacientes com
risco
de vida, cujos agravos necessitam de atendimento imediato
utilizando-se técnicas complexas de assistência.
Enfermaria
-
ambiente destinado à internação de pacientes, dotado de banheiro
anexo, com capacidade de três a seis leitos.
Estabelecimento
Assistencial de Saúde (EAS) -
denominação dada a qualquer edificação destinada à prestação
de assistência à saúde à população, que demande o acesso de
pacientes, em regime de internação ou não, qualquer que seja o seu
nível de complexidade.
Estabelecimento
autônomo especializado -
EAS
que
realiza atividades especializadas relativas a uma ou mais unidades
funcionais. Funciona físico e funcionalmente isolado –
extra-hospitalar, dispondo de recursos materiais e humanos
compatíveis à prestação de assistência.
Esterilização
terminal –
esterilização da embalagem e produto juntos.
Farmácia
-
unidade destinada a programar, receber, estocar, preparar, controlar
e distribuir Medicamentos ou afins e/ou manipular fórmulas
magistrais e oficinais.
Hemoterapia
e hematologia -
unidade destinada à coleta, processamento, armazenamento,
distribuição e transfusão de sangue e seus hemocomponentes.
Algumas unidades podem não executar algumas dessas atividades
descritas anteriormente.
Hospital
–
estabelecimento de saúde dotado de internação, meios diagnósticos
e terapêuticos, com o objetivo de prestar assistência médica
curativa e de reabilitação, podendo dispor de atividades de
prevenção, assistência ambulatorial, atendimento de
urgência/emergência e de ensino/pesquisa.
Imagenologia
-
unidade funcional, podendo ser também uma unidade física, que
abriga as atividades ou ambientes cujos exames e/ou terapias se
utilizam de imagens.
Internação
-
admissão de um paciente para ocupar um leito hospitalar, por um
período igual ou maior que 24 horas.
Isolamento
-
quarto destinado a internar pacientes suspeitos ou portadores de
doenças transmissíveis ou proteger pacientes altamente suscetíveis
(imunodeprimidos ou imunosuprimidos).
Laboratório
de emergência -
Laboratório de funcionamento ininterrupto que congrega todas
as
atividades dos demais laboratórios, composto normalmente de um único
salão subdividido em áreas distintas, onde são realizados os
diversos tipos de exames. Sua existência dá-se em função do não
funcionamento por 24 horas dos demais laboratórios. Serve
principalmente à UTI, UTQ e Atendimento Imediato.
Lactário
-
unidade com área restrita, destinada à limpeza, esterilização,
preparo e guarda de mamadeiras, basicamente, de fórmulas lácteas.
Lavabo
cirúrgico -
exclusivo para o preparo cirúrgico das mãos e antebraço.
Leito
de observação ou auxiliar -
leito destinado a acomodar os pacientes que necessitem ficar sob
supervisão médica e ou de enfermagem para fins de diagnóstico ou
terapêutica durante um período inferior a 24 horas.
Leito
hospitalar -
cama destinada à internação de um paciente no hospital. (Não
considerar como leito hospitalar os leitos de observação e os
leitos da Unidade de Terapia Intensiva).
Medicina
nuclear -
unidade destinada à execução de atividades relacionadas com a
utilização de substâncias radioativas, para fins de diagnóstico e
tratamento.
Necrotério
-
unidade ou ambiente destinado à guarda e conservação do cadáver.
Norma
-
modelo, padrão, aquilo que se estabelece como base ou unidade para a
realização ou
avaliação
de alguma coisa.
Normalização
ou normatização -
atividade que visa a elaboração de padrões, através de consenso
entre produtores, prestadores de serviços, consumidores e entidades
governamentais.
Parto
normal –
aquele que tem início espontâneo, é de baixo risco no início do
trabalho de parto e assim permanece ao longo do trabalho de parto e
parto, o bebê nasce espontaneamente na posição de vértice entre
37 e 42 semanas de gestação e, após o parto, mãe e bebê estão
em boas condições.
Posto
de enfermagem -
área destinada à enfermagem e/ou médicos, para a execução de
atividades técnicas específicas e administrativas.
Quarto
-
ambiente com banheiro anexo destinado à internação de pacientes,
com capacidade para um ou dois leitos.
Radiologia
-
unidade onde se concentram equipamentos que realizam atividades
concernentes ao uso de Raios X para fins de diagnóstico.
Radioterapia
-
unidade destinada ao emprego de radiações ionizantes com fins
terapêuticos.
Resíduos
de Serviços de Saúdes (RSS) – resíduos
resultantes das atividades exercidas por estabelecimento gerador,
classificado de acordo com regulamento técnico da ANVISA sobre
gerenciamento de resíduos de serviços de saúde.
Rouparia
–
sala, área para carro roupeiros ou armário destinado à guarda de
roupa proveniente da lavanderia.
Sala
de entrevistas (UTI) – ambiente
destinado ao atendimento de acompanhantes de pacientes internados na
UTI, com vistas ao repasse de informações sobre o mesmo.
Sala
de pré-parto -
ambiente destinado a acomodar a parturiente durante a fase inicial do
trabalho de parto. O quarto individual de internação pode ser
utilizado para esta atividade.
Sala
de preparo de equipamentos e materiais -
ambiente destinado a realização dos diversos procedimentos de
limpeza e desinfecção de equipamentos e materiais médico
hospitalares (respiradouros, sondas, etc.). Deve ser dotado de ducha
para limpeza destes equipamentos.
Sala
de recuperação pós-anestésica -
ambiente destinado à prestação de cuidados pós-anestésicos e ou
pós-operatórios imediatos a pacientes egressos das salas de
cirurgia.
Sala
de resíduos -
ambiente destinado à guarda interna provisória de recipientes de
resíduos sólidos (lixo) segregados até seu recolhimento ao abrigo
de recipientes de resíduos.
Sala
de serviço -
ambiente destinado exclusivamente as atividades de enfermagem da
unidade.
Sala
de utilidades ou expurgo -
ambiente destinado à limpeza, desinfecção e guarda dos materiais e
roupas utilizados na assistência ao paciente e guarda temporária de
resíduos. Deve ser dotado de pia e/ou esguicho de lavagem e de pia
de despejo com válvula de descarga e tubulação de esgoto de 75mm
no mínimo. Nos EAS de nível primário, pode-se dispensar a área de
lavagem e descontaminação da central de material esterilizado –
simplificada em favor da sala de utilidades.
Sala
para PPP -
ambiente específico para realização, exclusivamente, de partos não
cirúrgicos através de técnicas naturais onde o pré-parto, o parto
e o pós-parto acontecem no mesmo ambiente, tornando assim o parto
mais humanizado, com a participação intensa de acompanhantes
(marido, mãe, etc.) da parturiente. A sala deve possuir em todas
as
faces, elementos construtivos ou de decoração que permitam o
completo isolamento visual e, se possível acústico.
Sala
para AMIU -
ambiente destinado à aspiração manual intra-uterina, realizada com
anestesia local.
Tipologia
-
são os diversos modelos funcionais, resultantes do conjunto de
atribuições que juntas compõe a edificação do estabelecimento de
saúde.
Unidade
-
conjunto de ambientes fisicamente agrupados, onde são executadas
atividades afins.
Unidade
de acesso restrito - unidade
física com barreira e controle de entrada e saída de pessoas e de
material. Possui todo conjunto de ambientes fins e de apoio dentro da
própria área da unidade.
Unidade
funcional -
conjunto de atividades e sub-atividades pertencentes a uma mesma
atribuição.
Urgência
de alta complexidade -
unidade destinada à assistência de pacientes sem
risco
de vida, cujos agravos necessitam de atendimento imediato
utilizando-se técnicas complexas de assistência.
Urgência
de baixa complexidade -
unidade destinada à assistência de pacientes sem
risco
de vida, cujos agravos necessitam de atendimento imediato
utilizando-se técnicas simples de assistência. Pode estar inserida
na Unidade de Emergência ou de Alta Complexidade.
UTI
-
Unidade de terapia intensiva - unidade que abriga pacientes de
requeiram assistência médica, de enfermagem, laboratorial e
radiológica ininterrupta.
UTI
neonatal -
berçário de cuidados intensivos com todos os ambientes de apoio
necessários.
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